quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Se as letras Voassem
Ah, se as letras voassem
com o vento, carregadas
transmitiriam sensualidade em falas,
e fariam brotar amores em ovelhas desgarradas.

Ah, se as letras voassem
Para um lugar infinito
passando da fronteira do feio ou bonito
Quebrando a tolerância do presente e do ausente
e deixando de só existir no campo da mente.
Ah, se as letras voassem
e conseguissem enfim alcançar o meu alvo
Dando paz ao meu coração,
que como todos os outros, precisa ser salvo
Vento
Joguei fora pela janela
Tudo que guardei sobre ela
O pontapé serviu pra dar asas as mágoas
E o vento serviu pra dar direção as lágrimas
Lástimas.
Fátimas,
Marias,
Joanas,
Adrianas,
Marianas.
Amores com suíngue das músicas cubanas
Todos tomaram direção com o vento
Que se fez meu lamento
Se Sumiram.
Partiram.
Ruiram.
Diluiram.
Não mais me importei,
Apenas joguei fora pela janela.
Bloco Só

Esse é um poema de um bloco só
onde as letras se encaixam espremidas.
As idéias são tantas que chegam a dar nó.
e o bloco vai passando
e só, comigo eu vou ficando

Um bloco só sem linha me faz falta
Mas um bloco de linhas pensantes me
faz sentir um caderno sem pauta.
Porque cada montate de ego que forma um bloco
Acaba por fazer da solidão, apenas mais um bloco sólido